LOJA DO MC DONALD´S DEVE INDENIZAR FUNCIONÁRIO AGREDIDO MORALMENTE POR CONSUMIDORES.
Só
quem trabalha com o público sabe o que significa “sofrer na pele” quando o
consumidor descarrega seu estresse com a empresa. Muitos consumidores sequer imaginam
que o não funcionamento de um serviço - ou até o mau atendimento em um
estabelecimento - não é culpa do funcionário da “linha de frente”, que apenas cumpre
as diretrizes da Administração.
É
comum consumidores nervosos em filas de hipermercados, que em pleno final de semana
pós-pagamento deixam vários de seus caixas vazios e escalam apenas alguns
funcionários para atender longas filas, de carrinhos abarrotados.
Será
que o funcionário gostaria de estar ali sendo alvo do consumidor irado com a
empresa? Não!
Mas
o curioso é que os consumidores sentem-se extremamente respeitados quando um Executivo
(por vezes o mesmo Executivo que determina o enxugamento de pessoal com o
aumento de espera do cliente) apresenta-se para pedir desculpas, ainda que ele nada faça de concreto para resolver o problema gerado pela sua má gestão.
Quem
se lembra do episódio do apagão aéreo, em que os controladores de tráfego
(militares da Aeronáutica) resolveram interferir no pouso e na decolagem de aeronaves nos aeroportos brasileiros?
Muitos consumidores partiram para a agressão a funcionários de companhias aéreas
(as mesmas companhias que não podiam decolar nem pousar seus aviões sem
autorização dos militares da Aeronáutica) arremessando-lhes objetos, proferindo
xingamentos, partindo mesmo para as "vias de fato". Alguém lembrou dos
políticos eleitos e de descarregar a sua ira nas urnas? Não... Alguém faria o mesmo com o presidente da companhia? Não...
Na mesma época presenciamos um usuário dos serviços do Poupatempo indignado com a espera provocada pela queda de sistema de informática e que ameaçou um servidor do Procon com a seguinte pergunta: “E se eu te der um murro na cara, acontece alguma coisa”? Sim, aconteceria. Ele poderia ser preso...
Mas e se fosse um funcionário do Mc Donald´s? E se ele quisesse se defender da agressão? A favor do consumidor-agressor existe o Código do Consumidor. E o funcionário, como se defenderia? O seu empregador responde pelos danos suportados pelo empregado.
Decisão da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro condenou uma loja do Mc Donald´s por danos morais porque o funcionário alegou que “trabalhava em horário noturno e que costumava receber pessoas das casas noturnas das proximidades que com muita frequência agiam de forma agressiva verbalmente e, por vezes, de forma física.” A Justiça considerou que “a omissão do empregador ao deixar de tomar providências solicitando um ambiente seguro aos seus empregados certamente atinge os direitos de personalidade dos empregados...”.
Na mesma época presenciamos um usuário dos serviços do Poupatempo indignado com a espera provocada pela queda de sistema de informática e que ameaçou um servidor do Procon com a seguinte pergunta: “E se eu te der um murro na cara, acontece alguma coisa”? Sim, aconteceria. Ele poderia ser preso...
Mas e se fosse um funcionário do Mc Donald´s? E se ele quisesse se defender da agressão? A favor do consumidor-agressor existe o Código do Consumidor. E o funcionário, como se defenderia? O seu empregador responde pelos danos suportados pelo empregado.
Decisão da Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro condenou uma loja do Mc Donald´s por danos morais porque o funcionário alegou que “trabalhava em horário noturno e que costumava receber pessoas das casas noturnas das proximidades que com muita frequência agiam de forma agressiva verbalmente e, por vezes, de forma física.” A Justiça considerou que “a omissão do empregador ao deixar de tomar providências solicitando um ambiente seguro aos seus empregados certamente atinge os direitos de personalidade dos empregados...”.
Veja
aqui
a decisão.