SERVIDORES PÚBLICOS: STF JULGA, CADA VEZ MAIS, CASOS ENVOLVENDO QUESTÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO.
E
não poderia ser diferente. Os servidores públicos, ao ingressarem nas
respectivas carreiras fazem a opção tendo em vista um cenário projetado, uma
realidade constatada. Saiba o cidadão que o bom atendimento público passa, obrigatoriamente,
pela necessidade de manutenção de boas condições de trabalho e de garantias que
possam manter o funcionário público imune, afastado da tentação dos desvios de
conduta.
O
trabalhador da iniciativa privada deseja salário digno e condições mínimas de
trabalho. Então, por qual motivo haveria de ser diferente para o servidor
público?
O
servidor público “padrão” não deseja sair rico da função. Deseja que o futuro
lhe seja seguro o suficiente para que ele possa manter a sua decisão de
continuar a ser um empregado do governo cuja função é servir ao público.
No
entanto, governos de passagem tornam incertos quaisquer projetos de médio e
longo prazo. Comprometem a prestação
governamental de serviços públicos essenciais, tais como educação e saúde. Pecam
pelo excesso de gastos, pecam pelos gastos astronômicos e equivocados. No
final das contas, a culpa será atribuída ao corpo de servidores fixos: os
servidores de carreira, os concursados.
O
grande tema a pautar o STF no futuro, novamente, dirá respeito aos servidores e
serviços públicos, mas da área da saúde. Está
em curso e sendo executado por todos os governantes e prefeitos o plano de substituição
da prestação de serviços de saúde por Organizações Sociais, OSCIPs, pelo Terceiro
Setor e a execução de “Contratos de Gestão”. Da forma como vem sendo realizada a
transferência dos serviços de saúde para as Organizações Sociais ocorre, sem
dúvida, uma verdadeira terceirização da atividade.
A
Justiça do Trabalho já vem se debruçando, por exemplo, sobre o tema da
terceirização dos Agentes Comunitário de Saúde e de Controle de Endemias (Lei
Federal nº11.350/06). A discussão, certamente, chegará ao STF mais cedo ou mais
tarde.
Veja
a matéria abaixo:
JUSTIÇA PARA SERVIDORES
Há três anos, funcionalismo público pauta o Supremo
Rafael Baliardo é repórter da revista Consultor Jurídico em Brasília.
Revista Consultor Jurídico, 24 de agosto de 2013
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